Homem pobre se mata e deixa família desamparada

02/04/2011 10:36

                        Nosso professor pediu que nós, Lânia, Ana Beatriz Neri, Luiza Hansen, Luisa Palet e a nossa turma no colégio criássemos uma notícia de jornal a partir do texto "Poema Tirado de uma Notícia de Jornal" de Manuel Bandeira, onde teríamos de usar as informações principais como o nome do personagem (João Gostoso), os locais (Rio de Janeiro, lagoa Rodrigo de Freitas, o Bar Vinte de Novembro) e criar o nosso texto. 

 

 

                        O carregador de feira livre, João Gostoso, pai de duas crianças e marido dedicado, cometeu suicídio na última terça, dia 15 de fevereiro, no Rio de Janeiro. Ele se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas, estando aparentemente bêbado, após uma grave discussão com sua mulher.

                       João Gostoso morava no Morro da Babilônia, em um barracão sem número. João trabalhava em uma feira, próxima do local onde residia. Seu emprego sustentava sua pequena família, composta por Dona Maria de Cássia, sua esposa, Neto e Joaquim, seus dois filhos, o primeiro com sete anos e o outro com quase quatro. A convivência da família era tranquila, até que uma noite, João Gostoso e sua mulher tiveram uma terrível briga, por motivos desconhecidos. O marido, cheio de raiva, para se vingar de Dona Maria, foi para o bar Vinte de Novembro, para gastar todo o dinheiro que havia recebido naquele dia. Testemunhas lá presentes relataram que João bebeu como se não houvesse amanhã. Ficou rapidamente alterado graças ao álcool, cantando, dançando, se assemelhando a um louco. Tão bêbado estava que, sem noção nenhuma de suas ações, foi até a lagoa perto do bar, a lagoa Rodrigo de Freitas e se atirou lá. Por não haver ninguém perto do local e também por não saber nadar, morreu afogado em questão de instantes. Quando localizaram João, já era tarde demais.

                        A família do carregador está desolada, mas o dono do bar Vinte de Novembro, Seu Judas, prometeu arranjar emprego para a recente viúva, para poderem viver com uma renda aceitável, e para tentar consolá-los pela perda.